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Pesquisa de tendências para visual merchandising

Vivian Berto de Castro


A pesquisa de tendências não diz respeito apenas ao setor de criação e aos designers; mas também diversas outras áreas da rede de moda devem se atualizar com essas informações e aplicá-las. Não é diferente com o visual merchandising. Segundo o professor Eduardo Villas-Bôas, que leciona no Senac, é pesquisador e tem ampla experiência na área, "É papel do visual merchandising endossar e/ou informar o consumidor acerca do que é moda para cada estação".


Conversamos com Villas-Bôas, coordenador do blog MMdaModa, sobre a importância das tendências para o VM e como aplicá-las. Veja a entrevista a seguir:


Tendere: Qual é a importância da pesquisa de tendências para o VM? O visual merchandiser precisa estudar, pesquisar e se informar sobre tendências de moda? Eduardo Villas-Bôas: A pesquisa de tendências para o visual merchandising de moda é fundamental, haja vista que tais tendências refletirão em padrões estéticos e no design de mobiliário, equipamentos e manequins o interesse dos indivíduos para um dado período. Conhecer as tendências e trabalhá-las adequadamente ao perfil do público-alvo de cada marca é uma fórmula que permite maior assertividade na comunicação.


Para o VM trabalhamos com dois grupos de tendências, aquelas específicas dos produtos têxteis, que tradicionalmente são alteradas a cada seis meses, e que serão trabalhadas diretamente na comunicação no ponto de venda, ou seja, é papel do visual merchandising endossar e/ou informar o consumidor acerca do que é moda para cada estação. E o outro grupo de tendências é específico da área, que faz menção as alterações menos cíclicas que inferem em toda ambientação do ponto de venda, que vai da superfície de materiais utilizados em equipamentos de exposição até o estilo dos manequins.



Para o VM, se trabalha com dois grupos de tendências: aquelas específicas dos produtos têxteis e as propriamente da área, menos cíclicas e que interferem na ambientação do ponto-de-venda.


O ciclo de vida das tendências de visual merchandising é maior do que na moda, uma vez que os custos para alteração de toda arquitetura comercial são muito elevados. O principal vetor de macrotendências para o visual merchandising é a Euroshop, a maior e mais importante feira de visual merchandising, que acontece a cada três anos em Düseldorf, na Alemanha. Os demais vetores de tendências estão focados em tendências de ciclo menores, isto é, menos estruturais e mais alegóricas, que são apontadas anualmente. T: Qual é a temporalidade anterior que o profissional de VM precisa se informar sobre as tendências? EVB: As equipes de visual merchandising têm, cada vez mais no Brasil, trabalhado de forma integrada aos setores comercial e de estilo. Exatamente por isso participam de forma ativa e bem antecipada na gestão da imagem dos produtos e das marcas. A antecipação da informação de tendências vai depender do cronograma que cada empresa trabalha, podendo variar de uma a duas estações, já que o VM também participa do processo de pesquisa e desenvolvimento dos produtos. Já para as tendências específicas do setor é necessária uma atualização constante sobre as práticas de mercado e, anualmente, informar-se sobre as apostas para o próximo ano através desses painéis setoriais mais relevantes, bem como a cada três anos buscar as mudanças mais expressivas através da Euroshop.


T: Como as tendências são aplicadas no VM? EVB: O visual merchandising lança mão de técnicas, ações e materiais promocionais no ponto de venda com o intuito de informar e melhorar a visibilidade das tendências de moda, aumentando assim o interesse pelo mix de produto e atuando sinergicamente nos processos de comunicação da marca.



Já as tendências específicas da área são traduzidas em texturas, estampas, design, exposições, tematizações, materiais de PDV ou coordenação de cores que não necessariamente estão alinhadas com as microtendências de moda, mas que vão influenciar a ambientação comercial das lojas por, pelo menos, três anos, além de organizarem toda a cadeia de fornecedores e insumos.


Eduardo Vilas Bôas é graduado em Moda, pós-graduado em Gerenciamento de Marketing e pós-graduado em Comunicação e Semiótica. Tem experiência em Coordenação de Visual Merchandising para uma grande rede de lojas e com Marketing de Moda para uma tradicional marca de fitness wear. Desenvolve pesquisas na área, além de ministrar cursos e consultoria de visual merchandising através do MMdaMODA. É também docente do Senac São Paulo e colunista do Portal Audaces sobre educação de moda (contato@mmdamoda.com.br).


post atualizado em 26 de junho de 2019.

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