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Tendência de comportamento: o cultivo urbano


Como não ver vantagens em ter sua própria horta em casa? Fugir dos produtos processados, industrializados e cheios de agrotóxicos e pesticidas; permitir desfrutar de hortaliças e temperos mais saborosos e saudáveis. E ainda economizar no processo!



Porém, moramos cada vez mais com menos espaço: será que dá pra ter uma horta em casas e apartamentos pequenos? Na verdade, técnicas precisas, ferramental apropriado e a escolha certa das plantas permitem o cultivo urbano mesmo com o mínimo espaço disponível.



E não só de hortas vive o cultivo urbano. O ambiente com jardim – flores, plantas ornamentais, suculentas etc. – é sempre mais interessante, acolhedor e vivo. Pode nos inspirar visual e sensorialmente. Motivos de sobra para encher de verde qualquer doce lar, não importa o tamanho.



Faça você mesmo e a vida saudável


Vivemos um momento de valorização do “faça você mesmo”, que funciona como uma reação à facilidade e ao tédio de termos tudo pronto (e estandardizado). A chamada cultura maker é uma mudança de comportamento que estimula as pessoas a cada vez mais colocar a mão na massa e fazer seus próprios produtos. Costurar suas próprias roupas, fazer os próprios cosméticos, lançar-se de corpo e alma na cozinha... e, entre eles, cultivar a própria comida.



A chamada cultura maker é uma mudança de comportamento que estimula as pessoas a cada vez mais colocar a mão na massa e fazer seus próprios produtos.


Buscar por alternativas mais saudáveis tem a ver também com o cultivo da horta urbana. Não podemos, enquanto consumidores, esperar pelo endurecimento das leis referentes a agrotóxicos e pesticidas nos próximos anos – muito pelo contrário! Os movimentos do governo e a pressão dos ruralistas no Brasil só tende a piorar a toxicidade dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros.



Segundo a iniciativa Água, sua linda, o glifosato é o agrotóxico mais vendido do país, embora seja proibido em várias partes do mundo. A água potável dos brasileiros possui nada menos que 5 mil vezes mais resíduos de glisofato do que na União Europeia, por exemplo. Outros dados alarmantes podem ser vistos na iniciativa Chega de Agrotóxicos (você também pode assinar a petição).



Cultivo e criatividade


Se o universo digital, com o qual passamos a maior parte do tempo, não pesa, não tem textura, nem cheiro, podemos imaginar como consequência o desejo crescente de ter maior ligação com o mundo “físico”. O cultivo urbano pode ser uma das maneiras de avivar essa ligação – que forma melhor de fazer isso do que com plantas, terra e água? Por isso, a atividade na horta ou jardim também pode ser pensada como desencadeadora de outras experiências, além do marasmo digital do cotidiano ao qual muitas pessoas estão confinadas, por causa de seus empregos, trabalhos, funções ou mesmo por hábito.



A atividade na horta ou jardim também pode ser pensada como desencadeadora de outras experiências, além do marasmo digital do cotidiano ao qual muitas pessoas estão confinadas, por causa de seus empregos, trabalhos, funções ou mesmo por hábito.


Se tornar e permanecer criativo tem muito a ver com se expor mental e corporalmente a atividades diversas! Não tenha medo de experimentar coisas novas, especialmente as práticas que se distanciam do seu cotidiano.



Curso de Cultivo urbano: horta e jardim


A FLUXUS abriu inscrições para o curso de Cultivo urbano: horta e jardim, que acontece no próximo dia 30. Sob a orientação de Antonio Neto, biólogo formado pela PUC-Campinas e experiente em atividades pedagógicas ligadas à terra. Você pode se inscrever aqui ou mandar um e-mail para fluxus@tendere.com.br

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