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Fronteiras borradas: masculinidades contemporâneas


Na programação de palestras para o 16º Seminário de Tendências - inverno 2021, a equipe multidisciplinar de pesquisadores da Tendere preparou uma seleção de temas, nas áreas de tecnologia, economia/financeiro e artes, pertinentes para entender o futuro. Estes assuntos são alguns dos que estão pautando a sensibilização do consumidor, e precisam ser abordados e discutidos com urgência afim de entendermos o futuro próximo, 2021, em níveis de consumo, comportamento, cenário social, econômico e político, entre outras áreas.



“Fronteiras borradas: masculinidades contemporâneas” é o tema trazido por Helder Oliveira, pesquisador e CEO da Tendere, para o Seminário de Tendências. Helder é mestre em História da Arte pela Unicamp, especialista em Museologia pela USP e possui licenciatura em Artes Visuais pela FAAP. Tem extensa carreira como docente na área de Artes Visuais (em instituições como PUC-Campinas, Senac) e produção cultural (MASP, Bienal, Casa das Rosas, entre outras). Na Tendere, atua também como pesquisador de Mercado e Arte Contemporânea.


Mas o que são, afinal, essas “novas masculinidades”?


O pesquisador e CEO da Tendere mergulhou no tema das novas masculinidades para pensar no homem contemporâneo e suas novas maneiras de ver e se relacionar com o mundo. O tema é trabalhado dando foco principalmente ao homem cisgênero, ou seja, pessoas as quais o senso de identidade de gênero corresponde ao sexo biológico.



Segundo Oliveira, “O termo ‘novas masculinidades’ é usado para se falar sobre os questionamentos referentes aos papeis do homem na atualidade”, questionamentos estes que se delineiam a partir dos movimentos feministas e LGBT+. “É um debate que surge dos Gender Studies nos anos 90. Mais recentemente, partindo dos próprios homens, notamos que há um movimento que começou a pensar sobre o que é o masculino”, pontua. “Por isso falar em ‘masculinidades’, no plural, significa admitir as diversas possibilidades de se vivenciar e construir o que é ser masculino”.



Perguntado sobre como o tema se manifesta na arte e na cultura, Helder Oliveira dá as dicas: “Podemos pensar em dois exemplos, que conformam dois lados distintos de nossa cultura”, explica. “O primeiro, no círculo mais crítico da sociedade (na academia e nas artes), é exemplificado pela emblemática montagem do balé Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky, por Matthew Bourne, em 1995, na qual o corpo de baile (o grupo de cisnes) é composto por bailarinos que são todos os homens (cuja imagem está no início deste post)”. O pesquisador continua: “O segundo exemplo, mais popular e global, é a comédia francesa ‘Não sou um homem fácil’, de 2018, com direção de Éléonore Pourriat, no qual o personagem masculino acorda em um mundo protagonizado pelas mulheres”.



Pensando em mercado, qual seria a importância de se estudar, debater e compreender as novas manifestações da masculinidade? “A importância reside na presença cada vez maior dos debates sobre gênero, etnia e sexualidade no contexto social atual”, explica Oliveira, “confrontando o homem heteronormativo, obrigando-o a repensar e rever o seu lugar e atitudes cotidianas. Desse confronto resultou um questionamento sobre o que é afinal ser homem hoje”. Ou seja, entender as masculinidades contemporâneas como se apresentam é entender comportamento e, portanto, consumo. “O tema impacta na pesquisa de tendências, na medida em que ter consciência das variadas possibilidades de viver e construir o masculino enriquece a experiência do homem de estar no mundo”, explica o pesquisador. “E, consequentemente, significa identificar culturalmente quais são as novas masculinidades e as suas necessidades de serviços e produtos”, finaliza. Fonteiras borradas: masculinidades contemporâneas é o tema da palestra de Helder Oliveira no 16 º Seminário de Tendências da Tendere - inverno 2021. Você pode adquirir seu ingresso ainda nos lotes promocionais no link: https://www.tendere.com.br/blog/seminario-de-tendencias-inverno-2021

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